quinta-feira, 18 de março de 2010

Excitações de uma tarde extremamente chuvosa

É adorável a sensação de combustão interna para a propulsão da extasiante sensação de euforia!

Cada célula de um corpo é tomado pela energia liberada por essa reação. Essa energia transforma as atividades corriqueiras das células em uma só: exaltação.

Pelos arrepiam, pupila dilata, olhos arregalam, músculos travam e boca abre. Um som se prepara para fluir, mas o cérebro nem toma conhecimento dele; está tão ocupado em se preocupado em se preocupar com o que está acontecendo com o corpo.

Nem mesmo quem está a propagar o sentimento sabe como, onde ou quando foi atacado. Só sabe que precisa externar o quanto antes, pois o medo de explosão é congelante. É acreditar que não aguentaria a supernova de sentimentos, ou mesmo não acreditar em quanto poderia suportar seus próprios.

A inspiração, que quando bate age completamente como uma euforia tomando um ser. É o precisar vomitar palavras em um papel o mais rápido que a movimentação mecânica da mão pode conter; antes que seu cérebro, coração ou mãos entrem em colapso e não consiga fluir mais nada. O tenebroso bloqueio.

Por isso deixar sair todas as palavras livremente é mais do que necessário; mesmo que vírgulas, pontos, parágrafos e repetições não são considerados e talvez completamente suprimidos. Mas deve-se relevar, respeitar na verdade, o pobre cérebro de um escritor em estado de euforia não consegue pensar em exatamente tudo na hora de escrever! Já é ótimo conseguir expressar tudo que se passa em sua cabeça, talvez nem tudo... mas o necessário.

O fim do texto é o mais intrigante, não se sabe se volta ao tema inicial, já se perdeu muito em pensamentos. A euforia já acalma e o braço sente toda a velocidade com que se escreveu. Reler não é uma opção, há a vergonha do que foi escrito e o medo de querer rasgar tudo e perder um trabalho. Então só basta tentar fechar o tema ou a fata dele e, enfim, por o ponto final.



(singela e humilde homenagem ao grande presente que eu recebi hoje, para as pessoas nem foi de tanta importância. Para mim, foi a prova de confiança num potencial que nem eu vislumbro em mim. Obrigada!)

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