terça-feira, 15 de março de 2016

Aqui de novo

Sabe quando você pensa o texto perfeito para escrever, mas por algum encardo do destino não tem nenhuma caneta, papel, computador, celular ou um tico de tempo para passar, pelo menos que seja, a essência desse texto para depois o lapidar e postar.

Pois é, passei por isso ontem e hoje, por mais que eu force a minha cabeça febril, não consigo lembrar nem de uma palavra no meio para dar aquele insight de todo o resto.

Acredito que também esse possa ter sido o grande problema de todos esses anos sem postar aqui, eu me distanciei do computador e, principalmente, comecei a pensar em 140 caracteres. Porque a vida é curta e corrida, nós só pensamos em frases de efeito ou engraçadas para liberar na internet e seus amigos olharem ou não. É só uma liberação de sentimentos frívolos e corriqueiros.

Esse talvez seja o maior motivo de voltar a tentar escrever aqui, sair da superficialidade e colocar os sentimentos de forma mais elaborada para mim e para o mundo. Escrever muito e melhor explicado faz o cérebro funcionar e agrega pensar mais sobre tudo que se está sentindo ou acontecendo...

Então, estarei aqui de novo com uma frequência sutil e não periódica, dependendo da idéia que surgir, da vontade e do tempo disponível.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Sonhar ainda não paga

Um rolinha congelado cheirando o edredon recém lavado, esse cheiro de máquina de lavar que lembra aconchego e casa da mãe. Dá até vontade de sonhar, até porque sonhar não paga ainda e posso chegar nos mais variados lugares que sempre quis ir e que o orçamento nunca deixou.

Não é questão de deixar exatamente. Ir se aventurar todos podem, dar a cara a tapa e viver de bicos e esmolas. Eu não vivo assim, preciso tudo certo e planejado, nenhum empecilho ruim pode destruir o planejamento. Caso contrário não vou, não corro esse risco todo.

E é por isso que ainda não desbravei o mundo, não larguei tudo e todos e fui correndo para os braços do novo, do curioso e do misterioso que cada cidade de vasto mundo tem para oferecer para mim.

Por isso o que é melhor para mim é pegar um livro, enroscar-me nesse edredom que parece abraço carinhoso de mãe, deixar a minha mente fluir nas mais variadas histórias e aventuras nos mais distantes locais da Terra e desejar (por que não ter fé né?) um dia poder conhecer todos!

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Sujeira da Vida ou quase isso

Meu computador está sujo, meu quarto está sujo, minha vida está suja. Só meus relacionamentos não estão. A limpeza, a pureza e a transparência marcam eles de uma forma agradável. Por que estou falando relacionamentos? Poxa vida, já saí dessa onda há muito tempo, se uma pessoa já toma meu tempo suficientemente para que ter outras?
Hoje eu prefiro me dedicar a aquele alguém especial. Claro que é uma via um pouco perigosa, porque se pode dedicar muito tempo de “adoração”, carinho, cuidados e projeções que podem ser perdidos em um clique ou da pessoa ou seu de que esse amor não existe mais. Esse medo perdura, tanto em mim.... Mas, dessa vez quero me arriscar, especialmente porque a pessoa merece, tanto!
Desviei do assunto inicial, que chata mania! Ou pior, que chatas mil conexões mentais que me fazem pensar em tantas coisas ao mesmo tempo e as conecto de formas tão estranhas e irreais. Santa explosão mental!
Enfim...
A sujeira!
Um amontoado de mentiras, falsidades, adaptações, entre outras coisas para tentar encaixar nesse mundo. Por que precisamos disso para poder estar na “sociedade”?
Estou a tanto tempo com esse texto aberto, deve ter semanas, que não lembro mais o ponto ou nem estou mais com essa raiva toda para expressar.
Hoje eu fiz uma limpeza no meu quarto, para variar estou sempre arrumando ele, mas toquei numa parte delicada. Achei coisas que dão saudade e outras que machucam.
Realmente encontrei a minha sujeira, onde ela está e o que está fazendo. No caso fez! Ela está no passado e ele não tem como mudar, mas marca nossa vida e gosta de martelar nas nossas cabeças. O caso é não deixar mais martelar, enterrar e esquecer mesmo!
Que coisa complicada, sempre tento limpar, sempre tento esquecer, quem disse que eu consigo?
Dessa vez, eu realmente quero dar um passo, seguir e planejar algo novo. Algo que estou vivendo e que precisa da devida atenção e valor, para que dessa vez de certo enfim.
Não é colocar expectativas, não é sonhar. O pé está no chão e estou encarando tudo com clareza e objetividade. Não estou sentindo nada impulsivo ou jogo do meu coração zoando minha razão. Eles entraram em equilíbrio e a discussão parou.
Razão e sentimento, cérebro e coração, chegaram a um acordo e firmaram comigo que é para me deixar levar, aconteça o que acontecer é para viver realmente e intensamente. Pensa, mas aja e sinta!
Está aberta a temporada de vida, que vai ser muito mais longa que as outras quiçá ad eternum!

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Odeio viado, amo gay!

Odeio viado, amo gay!

E com essa declaração serei apedrejada na rua, mas como um amigo meu mesmo diz que prefere se envolver com homens heterossexuais do que homossexuais, porque são menos afetados.

E nisso concordo, não é porque você dá ou não dá, come ou não come, beija ou não beija que precisa necessariamente agir diferente. Não é a sua personalidade e sim sua opção sexual.

O mesmo posso aplicar as meninas que fazem questão de parecem meninos e até colocam meias nas calças. Poxa gente... Eu posso afirmar que se estivesse com desejo em uma mulher, era uma mulher que eu queria. Com perfume doce, com roupas que marcam o seu corpo escultural, com a vaidade e a delicadeza natural de uma mulher. Se é para parecer um homem, hum... bem... que tal um de verdade?

Ok você não gosta de homens, mas acredito (EU) que sua visão pode estar um pouco altera ao procurar só mulheres que se parecem com homens. Desejo, prisão à caracteres impostos pela sociedade? Não sei.

Claro que posso ser crucificada justamente porque sempre preguei a liberdade de opções e de expressão das pessoas. Mas a questão é que muitas vezes eu ouço e vejo pessoas falando que não “pegaria” mulheres que são menininhas são muito frescas e só querem aquelas que se parecem com homens porque precisam daquelas X, Y e Z caracterísiticas que no final era o sonho de toda princesa Disney.

Voltando ao ponto que esqueci lá em cima, não estava falando daquelas pessoas que se sente desconfortáveis com os corpos e querem fazem mudança de sexo. Eu super apoio elas, especialmente por darem cara à tapa e fazerem o que realmente desejam indo contra tudo da sociedade. Sim, gays e lésbicas também fazem isso, mas eles têm a opção de se esconder nos padrões em frente à família, à escola, aos amigos ou no trabalho. Agora quem está tomando hormônios e fez cirurgias não.

Ai! Também não estou desmerecendo você que é gay ou lésbica, cada um tem a sua decisão e opção em tudo na vida. O ponto era que existe a opção de esconder para vocês que não há para o transsexual. Claro que também não é bom esconder, longe disso, mas infelizmente é uma forma de sobreviver nesse mundo “canibal” que vivemos.

Ah, é tanta justificativa e repetição para não deixar ninguém de fora ou mesmo ofender (muito) alguém que acabo perdendo o foco. Este era falar justamente das pessoas que confundem opção com personalidade.

Pessoal, não é porque vocês gostam de uma pessoa do mesmo sexo que devem agir como se fossem do sexo oposto. Não fui clara? Se você é um homem e gosta de homens, não é agindo como mulher que vão te querer/desejar/aceitar/respeitar/poraivai, porque um homem que busca outro homem vai se sentir atraído por um homem ou eu to ficando oldschool de mais? Claro que o mesmo serve para as meninas (mulheres).

Focando nos homens, senão esse texto vai ficar enorme. Não estou falando só no modo de vestir, que já é um pouco ridículo (agora me apunhalem, mas é minha opinião) usar roupas femininas e não falos dos lindos, cheirosos e estilosos gays que conheço e muito menos das drag queens maravilhosas que tanto admiro. Falo de afinar a voz, de falar manhosos, de usar base e se maquiar, de fazer a sobrancelha (pera, todo homem deveria fazer para limpar, mas desenhar e delinear... hum...), de falar aquelas gírias (como racha, baranga, bofe e afins) e de odiar mulher. Esse último ponto focando no quanto desmerecem a figura feminina, porém querem ser como elas, quem vai entender?

Isso tudo está ficando muito longo e eu posso ser processada de diferentes formas. Então para acabar, por favor nada de chateações, nada de processos, nem de me xingar e afins. Só, respeitem a opinião de uma pessoa como vocês querem ser respeitados. E... por favor, vamos fugir desses padrões e... homem de maquiagem é brochante até para outro homem e... mulher com meia na calça, por favor né!

domingo, 29 de janeiro de 2012

Preguiça, fome, depressão e tédio!

Yeah, tenho ótimas formas de tentar me curar (melhor, tratar) de uma azia que me assombra desde o ano passado. Tomando o remédio com refrigerante e cortando o gosto ruim que ele deixa com um belo bombom. Ah claro, para engatar na minha dor de cabeça companheira que atrai a labirintite. Eu sou um perigo para mim mesma, acho que o motivo de todas as doenças que tenho e me acompanham sou eu. De fato não me cuido e ultimamente nem da cama ando levantando. Caminhar? Essa palavra saiu do meu vocabulário quando entrei de férias em Dezembro. Claro que voltei as aulas o mais rápido que podia, mas larguei/tranguei tudo, quero ficar na minha cama. Não tenho disposição para nada.


Pior que às vezes nem para sair com meu namorado, tomar banho ou comer. Faço isso tudo, especialmente banho porque não consigo nem cogitar ficar por volta de 24 h sem banho. Eca!


Já comer é a prática que menos tenho vontade, fome eu só sinto uma vez por dia e quando saciada as outras refeições são só empurrando algo que vai me deixar extremamente enjoada até me sentir vazia. Vazia, mas não com fome. Fome é para os fracos!


Nesse exato momento estou mais escrevendo porque passei o dia deitada vendo seriados enquanto meus amigos estão numa confraternização. Por que eu não fui? Não tenho paciência nem a famosa “poker face” suficiente para aguentar certas pessoas, muitos menos fazer de conta que no geral está tudo bem e estou adorando. Quando na verdade, só queria estar com metade deles ou uns em especial para gente fazer o que mais gosta normalmente. Não essas coisas socialmente aceitáveis para que todos fiquem bem.


É que nesse ano decidi não me cansar nem frustrar mais por pessoas que não estão nem aí para nada que não seja o umbigo delas e muito menos correr atrás e ser a preocupada/mãezona em todas as situações. Cansei de querer agradar a todos ou mesmo de tentar transformar as experiências em grupo as melhores da vida, porque no final todos saem reclamando de algo que não os agradou e nem pensa no trabalho todo para a realização muito menos em agradecer. Como as pessoas são egoístas a esse ponto!


Vamos ver se esse ano eu consigo melhorar de algumas doenças que me seguem, já que muitos médicos dizem que elas são causadas por estresse. Sim, agora me rendo a viver nesse mundo egoísta e capturar essa característica também. Vou fazer o que traz diversão para MIM, o que der na MINHA cabeça, sair com quem EU quero e não me obrigar a fazer nenhuma coisa chata só porque é o melhor para todos, vai ser o melhor para MIM de agora em diante. Se eu melhorar da maioria das doenças e não precisar mais desses remédios, eu passo a receita da felicidade selfish.


Agora é hora do banho sagrado, para dormir leve, fresca e de baixo de ótimas cobertas porque as chuvas de hoje deixaram a cidade bem agradável e é a última noite da minha cama na janela.



Ps: Momocito se você chegar a ler isso, não ache que não quero estar com você, só estou meio “deprê” esses dias, você percebe e sabe.... relaxa!


Ps2: não sou viada ao ponto de chamar alguém com nomes fofos, isso não mudei cacilds! Só que momocito é o apelido que uns amigos deram para ele por não saberem o nome e óbvio que não vou por aqui!


Ps3: isso me lembra Batman, quando vamos zerar isso?! hahahahha

sábado, 31 de dezembro de 2011

Hum, se é para fazer uma retrospectiva 2011...

Começo com uma palavra: MUDANÇA, eita ano que tudo mudou algumas muitas vezes. Bem que usar roxo no ano novo traz isso mesmo! Foi sair de um emprego na Livaria Cultura, passar no antigo C.E. Multidisciplinar e depois focar numa das coisas que eu realmente gosto de fazer, projeto Kalango Alado.


Foi um ano que vi projetos surgirem, crescerem e o melhor: dar certo! É tão bom, como ver um bebê crescer e acreditar que está criando certo, no caminho de um bom desenvolvimento. Tanto que uma das coisas que mais desejo para 2012 é que esse projeto vingue e dê muito retorno como começou esse ano está acabando.


Foi um ano que decido que vou trocar de carro ano que vem (o.o), então sempre com peso na consciência ao querer gastar dinheiro. Mas mesmo assim me entupi de DVDs e livros, tem tantos que não consigo imaginar quando vou conseguir acabar. Sei que vou, daqui alguns 20 anos, heheheheheh.


Falando ainda em gastos, também resolvi me soltar no fator saltos, comprei sapatos sim, alguns, e o que me orgulha é que pelo menos um dos novos tem salto. Resolvi botar os antigos saltos para usar também. E sabe que isso me fez bem, não me senti a poderosa e a rainha do pedaço, mas me fez aceitar um pouco mais minha altura (claro que ter o “momocito” bem mais alto que eu ajudou. Opa quem? Ah depois eu conto!).


E as viagens desse ano? Tristes né? Você só tirou o pé da cidade para ir para o Rio de Janeiro e não poder aproveitar nada?! Retirando o Rock in Rio que foi sensacional e que se tivesse dinheiro ficaria para as duas semanas de show, mesmo aguentando ficar no tédio da casa do meu pai. Por que ele não mora na zona sul mesmo? =/ Tanto que vou fazer como projeto 2012 uma viagem boa, agradável, em hotel e que eu possa descansar o máximo.


Descanso foi uma palavra que não esteve no meu vocabulário nesse ano, na verdade ela nunca está! Nem no último dia do ano que resolvi dar um jeito no meu quarto, loucura porque estou cansada para a festa da noite.... Tanto que vou desejar ser mais sensata comigo mesma e saber que tenho que descansar pelo menos uma semana a cada 4 meses. Vamos tentar?!


Quanto aos meus amigos, esse ano eu realmente consolidei as melhores amizades do mundo! Amigos antigos reforçaram os laços de uma forma muito agradável e carinhosa, pelo menos para mim. Boa parte disso é pela convivência que meio que voltou, já que trabalho com boa parte deles agora (e adoro isso!). Também vieram os amigos novos e os colegas que viraram amigos, especialmente da faculdade, pessoas que pela convivência e/ou compatibilidade foram se aproximando e agora não consigo viver sem. Tem o pessoal do antigo trabalho na LC que não consigo passar muito tempo sem ver, mas tenho que prometer para mim mesma que em 2012 eu vou não só visitar mais como sair mais com ele, eles merecem!


Tiveram aqueles que não encontro mais ou que distanciaram pela correria do dia a dia, bem... Se já cumpriram a missão deles para comigo, foi bom ter convivido com você. Se ainda vão realizar alguma missão comigo, espero vocês de braços abertos quando voltarem. Mas ano que vem eu tenho que visitar a minha linda amiga Mah em Sampa, eu tenho que parar de protelar essa visita.


E os rolos/relacionamentos/afins? Ah... Isso sempre foi e sempre será conturbado na minha vida, não tem jeito! Pelo menos nesse final de ano eu dei uma aquietada da melhor forma possível. Não é só porque tem alguém, mas sim por ter resolvido e me livrado de muita coisa que me atrapalhava mentalmente. Tanto que para 2012 o que eu mais quero é continuar essa sincera felicidade que estou vivendo, melhor transparente e clara porque pela primeira vez na vida to me sentindo leve perto de alguém que já conhece praticamente tudo de mim.... ah enfim... blá blá blá! (isso não vou mudar, “melosidade” não combina comigo muito menos demonstração pública de afeto!)



E o que eu quero de 2012?

Tudo de bom para todos e para mim!

Que eu consiga trocar o carro numa boa e que o novo bebê seja maravilhoso;

Que eu inicie e engate bem minha monografia;

Que eu flua e faça o máximo de matérias na facul possível;

Que não morra de estresse e que me cuide por isso;

Que vou cuidar da minha saúde de uma vez por todas;

Que eu vou relaxar, curtir e viver;

Que vou me liberar para amar o mundo, as pessoas, as coisas, os animais, os momentos;

Que tenho que parar de fazer tantas listas, hahahahahahhaha =P


FELIZ 2012 A TODOS e que sobrevivamos ao apocalipse zumbi se acontecer xD

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Vomitando palavras....

Por que é tão difícil falar? Em todos os sentidos mesmo que esse texto tende a parecer mais sentimental. Mas só queria poder ter coragem de expressar certas coisas quando preciso ou quero (melhor, as duas coisas juntas).

Essa trava, problema, frescura e medo só atrapalha a minha vida. Maioria dos meus impasses e não resolução de problemas é porque eu não falo. Daí se pode pensar, poxa mas você tem o costume de escrever aqui. Esse é o problema, é escrever! E escrever aqui, poucas pessoas tem acesso e outras menos vão ver realmente...

Estou com uma frase há alguns dias na cabeça: 1 indireta, 1000 pessoas vêem, quem deveria nem soube!

Ah que tristeza, queria que todos usassem escrever para melhor forma de se comunicar, seria mais fácil. Mas talvez não tão claro. Ainda as palavras em um fala são mais precisas e claras do que o texto melhor explicado. Maldito duplo sentido e ambiguidade! hehehehe
E é assim que abro talvez a nova era (época para ser menos romântica) de textos aqui no  blog. Sei que fiquei muito tempo escrevendo poucas vezes e ter perdido o ritmo, no final parando de escrever mais. 
Aqui é o meio que consigo desabafar com frases desconexas e viajantes minhas... Com que mais converso não posso vomitar pensamentos porque é difícil de entender a minha mente prolixa, desconexa e maluca!

sábado, 23 de julho de 2011

Frustrações de um furto

Sempre temos o pensamento de que nunca as coisas ruins podem acontecer com a gente e quando elas acontecem ficamos embasbacados de como isso pode ter ocorrido e logo "comigo"? Pois é, estou nesse estado. O eco dessas frases reverberam tanto na minha cabeça que até meu id pediu ajuda de um psiquiatra porque está complicado.

Não é tristeza, não é raiva o que eu sinto. É mais uma mistura de todos os sentimentos e com uma errada de mão ao preparar colocando muito sentimento de falta.

Vou lembrar e sentir muita falta de todos as minhas recordações que eu guardava na carteira. Minhas fotos de amigos, meus 101 apelidos, minhas palhetas e as histórias delas, minha moeda em inglês para proteger enquanto dirige dada pelo meu pai... Como posso ainda falar meu e minha? Essas coisas não me pertencem mais, estão com outros ou jogadas por aí. Não tenho mais o direito de chamar de meu algo que me foi arrancado sem nem pedir licença.

Como uma pessoa tem a capacidade de roubar meus sentimentos guardados? Minhas lembranças? Como alguém é frio o bastante para levar as fotos das pessoas que eu mais amo, tinha fotos de pessoas que eu não vejo há anos e fotos históricas, tão antigas que a pessoa não vai ter mais. Ah, é inaceitável!

Tantas coisas que eram meus apelos aos momentos de desespero na faculdade ou no trabalho. Os chaveiros de presente, como dói lembrar deles e como quero ligar chorando para a Mah e pedir outros, sempre lembrava deles quando abria a minha casa. Minha pequena forma de matar a enorme saudade da minha amiga.

Como pode alguém ser cruel a esse ponto de me fazer sofrer por eu ter perdido muita coisa que gostava!

O dólar simbólico da minha viagem para o EUA, estava lá para me lembrar do lugar maravilhoso, das pessoas que eu amo que estão lá e de quanto preciso juntar dinheiro para ir novamente. Agora, como vou lembrar? Ele se foi....

Tentando pensar pelo lado "menos pior" eu me livrei de um lápis de olho e um brilho labial que eu não suportava usar por deixar purpurina por todo lado.

Podem pensar, como ela pode ser tão sentimental. Não sentiu nada da perda material? Mas é claro que senti, uma bolsa que eu amava e era importada, nem chance de aparecer uma igual aqui no Brasil. Uma carteira da H. Stern e um celular novinho. Ah, agora posso ficar mais chateada? Ainda estou pagando esse celular, mas já foi tudo bloqueado (eu espero).

Ah... que desgosto, acho que essa palavra que estava faltando.

Fico desgostosa do mundo, da violência, da pobreza, das drogas, do governo, da polícia. Ah, desse país. E não me venha falar que existe em outros países roubos iguais, sim existem. Mas em grandes centros e cidades. Não nessa porrinha que vivo de Brasília. Nos EUA e na Europa as coisas são um pouco (BEEEEEM) diferentes.

Ai ai terceiro mundo, quando vamos realmente mudar a nossa mentalidade. Querer tirar vantagem do outro, querer e pegar o que é do outro só por não poder comprar iguar. Poxa!!!!!

Sério, eu desisto de tudo. Não tenho mais fé na possibilidade da melhora dos humanos.

Fui


sexta-feira, 6 de maio de 2011

Análise de Mágico de Oz (artística)

“ Por quase 40 anos esta história serviu aos Jovens de Coração e o Tempo foi incapaz de colocar fora de moda sua filosofia.
Como recompensa àqueles dentre vocês que têm sido fiéis a ela... E aos Jovens de Coração.. Dedicamos esse filme!”
A escolha da frase de abertura para essa análise foi retirada da cena inicial do filme, ela representa o mundo de fantasia e magia que o filme irá apresentar. É complicado praticamente fazer a decupagem de um filme que foi presente na infância de muitas pessoas especialmente a minha. Essa era a impressão, porém, na verdade, observar três pontos que são muito presentes nesse filme e que interagem (os contrastes de cores com figurinos e cenários) só fez essa paixão aumentar.
O primeiro passo é a grande diferenciação do mundo real e do imaginário, no caso sonho ou pesadelo, através das cores. Deixa explícito o quão quadrado e sério é o mundo real quando colocado sob as películas antigas, deixando num tom de preto e branco quase sépia. Já o mundo dos sonhos é exageradamente colorido, não chega a ser forçado nem destoante, só mostra o quão bonito e fácil é sonhar. Ou melhor, como há a liberdade quando se sonha e até mesmo quando se tem pesadelos.
O mundo colorido (que é as terras de Oz) é repleto de cores, muitos tons claro e escuros, cores frias e quentes e é brilhante. Mas nunca eles destoam ou se destacam demasiadamente. As representações chegam a ser harmônicas, como a música, até trazem musicalidade. Combinando muito com a leveza das composições musicais do filme.
Nas terras de Oz, tudo é representado, nada que é utilizado é real. Isso leva até as árvores serem feitas para o cenário, especialmente por elas ganharem vida e representações humanas como muitos outros personagens. Isso reforça o motivo de ser um mundo imaginário, local onde tudo pode acontecer, onde o irreal e o impossível podem transitar livremente e sem restrições.
Neste ponto, há outro contraste. Kansas, no mundo real, é totalmente representada por objetos reais, um cenário que parece ter sido de locação em locais abertos, para não parecer que foi montado em um estúdio. Aproximando e reforçando mais a ideia de realidade.
Voltando mais ao ponto dos figurinos. Eles são complementares aos personagens, compõem as personalidades deles e as caracterizações. Para alguns, traz até o cunho caricatural. 
Como um homem de lata todo em prata e de lata,  mas feito de formas abaloadas e  face somente com maquiagem para poder colocar as expressões e sentimentos dele, já que o objetivo dele é um coração para poder ter sentimentos. 
Como um espantalho que toda sua roupa rasgada e com partes saindo para expressar atrapalhado. Como ele quer um cérebro, caricaturaram ele como aqueles personagens de comédia que são trapalhões parecendo meio bobo e desastrado.
As cores também estão presentes no figurino e cenário, como utilização de verde na cidade de esmeralda e tudo do castelo do Mágico ser verde, em variados tons. Há uma alegoria de superstição das pessoas por essa cor representa resperança, que era tudo que os 4 viajantes (Dorothy, espatalha, homem de lata e leão) tinham.
Em oposição a esperança tem o castelo da bruxa e as personagens dele, é parte do pesadelo da história. As cores escuras como: preto, cinza, vermelho e azul escuros estão representando o sombrio, o que traz medo. Especialmente vendo a composição do castelo que é todo em cinza e poucos tons dele, praticamente. Enquanto o resto dos locais tem inúmeras variações de da mesma cor, como o castelo do Mágico de Oz ou mesmo várias cores misturadas como a primeira cena de Dorothy quando chega a Oz (a terra dos Munchkins).
Dessa forma, o filme não utilizou só de bons atores com suas interpretações fabulosas, um bom roteiro e diretor e dinheiro para o bancar. Todo o trabalho de imagem, figurino e montagem do cenário foi essencial para transformar esse filme memorável. Sem eles, o significado dele não seria completo e tão bem trabalhado.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Despedida do TREMA (recebido por e-mail)

          Estou indo embora. Não há mais lugar para mim. Eu sou o trema. Você pode nunca ter reparado em mim, mas eu estava sempre ali, na Anhangüera, nos aqüiféros, nas lingüiças e seus trocadilhos por mais de quatrocentos e cinqüenta anos.
          Mas os tempos mudaram. Inventaram uma tal de reforma ortográfica e eu simplesmente tô fora. Fui expulso pra sempre do dicionário. Seus ingratos! Isso é uma delinqüência de lingüistas grandiloqüentes!...
          O resto dos pontos e o alfabeto não me deram o menor apoio... A letra U se disse aliviada porque vou finalmente sair de cima dela. Os dois pontos disseram que eu sou um preguiçoso que trabalha deitado enquanto ele fica em pé.
          Até o cedilha foi a favor da minha expulsão, aquele C cagão que fica se passando por S e nunca tem coragem de iniciar uma palavra. E também tem aquele obeso do O e o anoréxico do I. Desesperado, tentei chamar o ponto final pra trabalharmos juntos, fazendo um bico de reticências, mas ele negou, sempre encerrando logo todas as discussões. Será que se deixar um topete moicano posso me passar por aspas?... A verdade é que estou fora de moda. Quem está na moda são os estrangeiros, é o K, o W "Kkk" pra cá, "www" pra lá.
          Até o jogo da velha, que ninguém nunca ligou, virou celebridade nesse tal de Twitter, que aliás, deveria se chamar TÜITER. Chega de argüição, mas estejam certos, seus moderninhos: haverá conseqüências! Chega de piadinhas dizendo que estou "tremendo" de medo. Tudo bem, vou-me embora da língua portuguesa. Foi bom enquanto durou. Vou para o alemão, lá eles adoram os tremas. E um dia vocês sentirão saudades. E não vão agüentar!...
          Nos vemos nos livros antigos. Saio da língua para entrar na história.
          Adeus,
          Trema.
 

segunda-feira, 28 de março de 2011

Só para descontrair

Não existe outra explicação!
E Deus fez a mulher...
Houve harmonia no paraíso.
O diabo vendo isso resolveu complicar...

Deus deu a mulher cabelos sedosos e esvoaçantes.
O diabo deu pontas duplas e ressecadas.

Deus deu a mulher seios firmes e bonitos.
O diabo os fez crescer e cair.

Deus deu a mulher um corpo esbelto e provocante.
O diabo inventou a celulite, as estrias e o culote.

Deus deu a mulher músculos perfeitos.
E o diabo os cobriu com lipoglicerídios.

Deus deu a mulher uma voz suave, doce e melodiosa.
O diabo a fez falar demais.

Deus deu a mulher um temperamento dócil.
E o diabo inventou a TPM.

Deus deu a mulher um andar elegante.
O diabo investiu no sapato de salto alto.

Então Deus deu a mulher infinita beleza interior.
E o diabo fez o homem perceber o lado de fora.

Deus fez a mulher ficar maravilhosa aos 30, vibrante e gostosa aos 45.
O diabo deu de presente a menopausa aos 50...

Só pode haver uma explicação para tudo isso: 
 
 

O diabo é G A Y  !!!!!!!

Ps: recebido por e-mail


sábado, 12 de março de 2011

Empresária no Céu!


A EXECUTIVA, O CÉU, E O INFERNO


 Foi tudo muito rápido. A executiva bem-sucedida sentiu uma pontada no peito, vacilou, cambaleou.

Deu um gemido e apagou. Quando voltou a abrir os olhos, viu-se diante de um imenso Portal.

Ainda meio zonza, atravessou-o e viu uma miríade de pessoas.Todas vestindo cândidos camisolões e caminhando despreocupadas. Sem entender bem o que estava acontecendo, a executiva bem-sucedida abordou um dos passantes:

- Enfermeiro, eu preciso voltar urgente para o meu escritório, porque tenho um meeting importantíssimo. Aliás, acho que fui trazida para cá por engano, porque meu convênio médico é classe A, e isto aqui está me parecendo mais um pronto-socorro. Onde é que nós estamos?

- No céu.

- No céu?...

- É.

- Tipo assim... o céu, CÉU...! Aquele com querubins voando e coisas do gênero?


- Certamente. Aqui todos vivemos em estado de gozo permanente.

Apesar das óbvias evidências nenhuma poluição, todo mundo sorrindo, ninguém usando telefone celular), a executiva bem-sucedida custou um pouco a admitir que havia mesmo apitado na curva.

Tentou então o plano B: convencer o interlocutor, por meio das infalíveis técnicas avançadas de negociação, de que aquela situação era inaceitável. Porque, ponderou, dali a uma semana ela iria receber o bônus anual, além de estar fortemente cotada para assumir a posição de presidente do conselho de administração da empresa.

E foi aí que o interlocutor sugeriu:

- Talvez seja melhor você conversar com Pedro, o síndico.
- É? E como é que eu marco uma audiência? Ele tem secretária?
- Não, não. Basta estalar os dedos e ele aparece.
- Assim?
(...)
- Pois não?

A executiva bem-sucedida quase desaba da nuvem. À sua frente, imponente, segurando uma chave que mais parecia um martelo, estava o próprio Pedro.

Mas, a executiva havia feito um curso intensivo de approach para situações inesperadas e reagiu rapidinho:

- Bom dia. Muito prazer. Belas sandálias. Eu sou uma executiva bem-sucedida e...


- Executiva... Que palavra estranha.
De que século você veio?

- Do 21. O distinto vai me dizer que não conhece o termo 'executiva'?


- Já ouvi falar. Mas não é do meu tempo.

Foi então que a executiva bem-sucedida teve um insight. A máxima autoridade ali no paraíso aparentava ser um zero à esquerda em modernas técnicas de gestão empresarial. Logo, com seu brilhante currículo tecnocrático, a executiva poderia rapidamente assumir uma posição hierárquica, por assim dizer, celestial ali na organização.

- Sabe, meu caro Pedro. Se você me permite, eu gostaria de lhe fazer uma proposta. Basta olhar para esse povo todo aí, só batendo papo e andando a toa, para perceber que aqui no Paraíso há enormes oportunidades para dar um upgrade na produtividade sistêmica.

- É mesmo?

- Pode acreditar, porque tenho PHD em reengenharia. Por exemplo, não vejo ninguém usando crachá. Como é que a gente sabe quem é quem aqui, e quem faz o quê?

- Ah, não sabemos.

- Entendeu o meu ponto? Sem controle, há dispersão. E dispersão gera desmotivação. Com o tempo isto aqui vai acabar virando uma anarquia. Mas nós dois podemos consertar tudo isso rapidinho implementando um simples programa de targets individuais e avaliação de performance.

- Que interessante...

- É claro que, antes de tudo, precisaríamos de uma hierarquização e um organograma funcional, nada que dinâmicas de grupo e avaliações de perfis psicológicos não consigam resolver.

- !!!...???...!!!...???...!!!

- Aí, contrataríamos uma consultoria especializada para nos ajudar a definir as estratégias operacionais e estabeleceríamos algumas metas factíveis de leverage, maximizando, dessa forma, o retorno do investimento do Grande Acionista... Ele existe, certo?  

- Sobre todas as coisas.

- Ótimo. O passo seguinte seria partir para um downsizing progressivo, encontrar sinergias high-tech, redigir manuais de procedimento, definir o marketing mix e investir no desenvolvimento de produtos alternativos de alto valor agregado. O mercado telestérico, por exemplo, me parece extremamente atrativo.

- Incrível!

- É óbvio que, para conseguir tudo isso, nós dois teremos que nomear um board de altíssimo nível. Com um pacote de remuneração atraente, é claro. Coisa assim de salário de seis dígitos e todos os fringe benefits e mordomias de praxe. Porque, agora falando de colega para colega, tenho certeza de que você vai concordar comigo, Pedro. O desafio que temos pela frente vai resultar em um Turnaround radical.

- Impressionante!

- Isso significa que podemos partir para a implementação?

- Não. Significa que você terá um futuro brilhante... se for trabalhar com o nosso concorrente. Porque você acaba de descrever, exatamente, como funciona o Inferno...


Max Gehringer

(Revista Exame)