quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Diário de Cleópatra VII

Dia 18 de março de 31 a.C
Hoje resolvi começar um diário, do jeito que sou culta e vaidosa, quero que gerações futuras saibam sobre a minha vida. Tanto que resolvi contar bastante de meu passado, mas juro que é resumidinho, até porque quão maior a história mais fofoca pode se falar dela, né?

Pulando o “blá blá blá” inicial, só digo que eu sou filha de Cleópatra V e Ptolomeu XII. Tenho dois irmãos: Cleópatra VI, que foi morta pela minha tia Berenice IV, já que o relacionamento delas tinha acabado, e Ptolomeu XII, que é um zero a esquerda. É bom deixar isso bem claro, pois ele se faz de importante e forte, mas tem medo de cobra!!! Gente, aquele bicho é tão bonitinho, eu adoro!

Chega de falar de família, essa todos têm. Vamos ao que interessa, estudos! O que? Acha que eu ia falar de homens? Não sou safada como falam de mim, não sou tão safada,. São os meus irmãos invejosos, pois sou mais bonita e os homens me querem. Dos que eu tive que encantar foi tudo por motivos diplomáticos, eu juro!

Voltando ao que interessa, acabei de aprender mais uma língua. Agora falo espanhol; além de grego, arameu, etíope, língua dos Medas, hebraico, latim, francês, inglês (essa última todos têm que falar no mundo de hoje). Adoro aprender línguas, nunca se sabe quando vou utilizar e essa última é muito latina, “caliente”. É a utilizada pelos amantes...

Ah... Preciso fazer uma confissão! Posso estar casada com Marco Antônio, ele ser um deus grego e etc.... Porém meu coração ainda pertence ao Júlio César e isso é tão triste, ele já está morto a treze anos e foi ao meu mando que Brutos enfiou a faca. Não mandei ele me desobedecer e colocar meias azuis naquele dia, eu tinha dito vermelhas! Combinavam muito mais com a pele dele.

Ainda me lembro o dia que eu o conheci. Foi em uma noite quente e calma que nos encontramos ao acaso, sabe, ele abriu um tapete e coincidentemente eu estava enrolada nele. Tinha abaixado no tapete para procurar a tarraxa do meu brinco de esmeraldas quando fui subitamente enrolada. Claro que não conseguia sair, pois estava apertada e encaixotada. Graças aos deuses que ele recebeu o presente e abriu logo!

Era como meu herói, ter me salvo e ter achado a maldita tarraxa, que naquele escuro e sem poder me mexer eu não conseguia encontrar de forma alguma. Além do mais era galanteador, deu-me novos brincos mesmo tendo achado as tarraxas do anterior. Os dele eram bem mais lindos, estou a usar agora; contudo, de forma alguma Marco Antônio pode saber! Eita homem ciumento! Não acredito que possa ter ciume de um morto, de um lacaio, de um massagista, de um jardineiro, de um piscineiro, de um motorista... Eu não faço nada, que ele já não saiba!

Agora, preciso terminar, os acúmulos de berros das crianças já passou dos limites. Se eu soubesse, não teria filhos. Eu disse que não teria, mas deixar de praticar. Ah! Jamais!!!!





esse foi o texto da minha oficina de ontem, só coloquei aqui por eu ter gostado bastante dele e o professor ter elogiado!
Melhoras? Opa! Espero que muitas!

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