terça-feira, 9 de novembro de 2010

Quando a inspiração bate a porta, você não pode dizer NÃO a ela

Acho que desisti de chorar. Pelo simples fato de trazer mais rugas do que alívio ou resoluções. Muitos dizem que chorar ajudar, mentira, atrapalha! Envergonha-me mais por ser fraca ao ponto de recorrer ao choro por desespero.

Choro só pode ser admitido quando por interpretar ou sentir a dor de outrem em uma representação artística. Sim, em filmes, seriados, novelas, livros, o que for! Mas eu não choro dessa forma...

Por isso decido abolir o choro, engolir quando surgir aquela singela vontade.

A partir de hoje não me é mais permitido chorar nem por mais um segundo; porém, primeiro, deixe-me secar os olhos já que os possuía lotados de água enquanto escrevia essas linhas. Já não posso mais tentar se forte, que meu organismo já decide me afrontar instantaneamente. Como posso viver assim? Se até do meu corpo não tenho controle? Se até ele tem a capacidade de me trair?

E não leve para o lado sexual do ato de trair, existem mais formas desse ato do que você pode imaginar. Isto me lembra a frase " aqui se faz, aqui se paga". Só esqueceram de colocar que não necessariamente na mesma moeda.

Deveria vir com uma advertência essa frase, para proteger de qualquer tipo de ato de traição; assim não correríamos o risco de nosso corpo nos "passar a perna" como meu o faz agora!

Talvez agora nem saiba mais o porquê de estar me debulhando em lágrimas, na verdade elas já secaram desde a primeira passada de mão. Agora é só a angústia e agonia interna latejando tanto em meu peito que gritar seria pouco, era preciso chorar de verdade. MAS EU NÃO QUERO!

Tanto drama, abre essa torneirinha de lágrimas e vai logo. É como um gozo: sai, limpa e tudo fica calmo e feliz depois, chegamos a até a flutuar. Mesmo que seja mentira para os dois casos trazer felicidade, gostamos de nos enganar não é mesmo?!

Será tudo um engano? Pura fraqueza minha por não ser franca o suficiente?

Ou fui tão franca que cheguei a esse estado?

Tantas perguntas, algumas nuvens se formando de respostas. Contudo, a maioria das respostas eu sei ou não quero saber, pior não quero as admitir. Seria ter que superar muitas coisas, seria ter que admitir tantas outras. E por agora só essa atualizada, como se para recauchutar uma lata velha para parecer novo, com objetivo de fazer de conta que está tudo novo e bem. Vamos viver mais uma mentira?

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