terça-feira, 6 de outubro de 2009

Cutucadinha...

Lá estou eu, alegre e faceira (boa parte disso é mentira), na aula de francês ouvindo e depois vendo um videozinho sobre uma criança falando sobre seu primeiro amor por uma mulher casada. Além de pensar que coisa pervertida, ainda tive que tentar decifrar o que ele falava já que criança em português é difícil, imagina em francês! Até ai tudo bem, mas a professora nos pede para contar sobre nosso primeiro amor...
Ferrou!
Mil pensamentos na hora surgiram: foi quem mesmo? Quando? Por quê? Será que eu considero isso? Nessa época foi muito criança, não imagino que ela queira isso? Tudo isso em uns segundos, até perceber que ela falava que devíamos relatar isso para a turma. Minha colega do lado começa a me contar sobre a história dela, ela tinha dez anos. Ufa! Pude me localizar, porque primeiro amor mesmo...poxa.....nem sei definir quando ou quem! Amor é algo tão relativo; eu, pelo menos, desisto de considerar alguém amor de minha vida ou primeiro ou segundo ou suas variantes depois que acaba. Se acabou pra mim já não é amor, amor é pra sempre! Eu sigo essa filosofia....
Apresento a minha história e fiquei com duas coisas palpitando na minha cabeça até agora, na verdade elas ainda estão enquanto eu passo tudo para "o papel".
Viajo sobre a temática do amor, admito que já passaram alguns na minha vida. Contudo, cada um foi de um jeito especial e diferente que não deve poder considerar todos amor. Amor tem várias formas? Calma! não sou tão lerda assim, não é nas formas existentes que eu falo, como: por amigo, por um material, por família, por animal ou por alguém. Falo se existem variadas formas de ter o amor por alguém...
Os filmes mostram que amor é de uma forma só, aquele que faz tocar sinos em sua cabeça, seu pé levanta e você está perdidamente apaixonada para sempre. Tadã! A princesa sofre e depois o acha novamente, casando e vivendo felizes para sempre......

Eu creio que não vive antes todos esses fatores juntos. Já sonhei, como toda adolescente, que me casaria com aquela pessoa que namorei nessa época. Já tive o amor intenso que doeu, ardeu, vazou em lágrimas quando acabou. Já tive um primeiro beijo que fez levantar a perninha, com quem eu não consigo me lembrar agora. Já desisti do amor, depois de não encontrar a combinação perfeita e corri para o abraço (peguei, fiquei, aproveitei, enlouqueci, machuquei muita gente). Já......chega!

Disso parei e conclui que não tinha amado. Mas, se o amor for em tudo separado, se cada um seguir o seu jeito e for especial ao seu modo? Ah... então eu já amei foi é muito. Não, espera! Talvez tenha achado que amei, posso ter me confundido muito e/ou não precisam acontecer essas coisas para amar ou mesmo não são elas quem definem. Os filmes e livros nos passam padrões que nem sempre são a nossa realidade. Somos humanos não scripts nem personagens. Se ninguém nunca conseguiu entender a mente humana, como eles têm a capacidade de nos descrever tão fielmente? Podem ser só experiências e eu quero imitar por ser como qualquer um que acha legal o que vê na “tela”.

Acho que eu gostei de muitas pessoas, todos podemos, não? É normal gostar, acontece o tempo todo. Só encontrar uma característica em comum e você começa a viajar em como poderia fazer essas coisas com aquela pessoa. Porém, amar creio que só aconteceu duas vezes, sendo que a conjugação do verbo está meio errônea!

Agora amor pode ser aquilo tudo mais a coragem de admitir ele, algo realmente difícil para mim. Eu te amo! É complicado de ser expressado na insegurança, incerteza e vergonha. O medo de ser rejeitado devido ao seu pensamento é algo que assola a minha alma complicando ainda mais a tentativa de falar o amor.

Aprendi da melhor e da pior maneira como dizer isso e sou feliz do jeito que está. Está o quê? Bem, está no sentido de conseguir falar quando devo e de saber se devo falar (o porquê). Quando eu falo, tenho a consciência de que é verdade e vem do fundo do coração, pois só de pensar que posso ficar sem é como se um pedaço de minha carne fosse retirada, um pedaço vital (ah, já devem ter visto isso em algum lugar, mas falo com o coração).

Opa! Estou me estendendo.... o outro pensamento! Foi justamente sobre o primeiro amor também, mas quem foi. Na época de quarta série, tive algo que eu não admitia, mas até a minha mãe dizia que estava acontecendo. Acho que fui mais influenciada pela “falação” dos outros. Foi assim: diziam as boas e más línguas que tinha um garotinho da minha classe que gostava de mim. Eu era amigona dele (acho que foi ai que comecei a minha cina de acabar namorando os meus grandes amigos ou os mais próximos naquele momento) e passávamos boa parte do tempo juntos, com outros amigos no meio, claro! Tinhámos 10 anos, poxa!!!!!

Devido as brincadeiras e tudo mais, acredito que foi ai que me interessei por ele. Não desconsiderando esse fato da minha vida, mas acredito que não tenha sido amor até porque eu não sabia o que era isso, não tinha experimentado efetivamente para poder afirmar assim. Só sei que ficava feliz de ter ele gostando de mim, mesmo incomodada por causa da timidez.

O que me fez falar sobre isso? Simplesmente por ser o ligante para pensar em grande parte dos relacionamentos que marcaram, lembrei de situações e pessoas tudo na hora da aula mesmo; ali, enquanto escrevia sobre o “ primeiro amor”. O mais curioso é que esse mesmo garoto esteve presente em variados momentos da minha vida, no fim de um grande relacionamento, quando estava livre, no começo de outro.......

Voltando aos pensamentos, vi como pessoas que parecem ser indispensáveis vem rápido e vão mais rápido ainda. Percebi que só o tempo para curar mesmo, não acreditamos no começo, mas é somente ver quantas pessoas já bateram à porta do nosso coração, entraram, saíram e levaram a chave sem querer? Eu posso contar pelo menos três......

Enfim, pensei em muitos ligantes e não preciso mais pensar. Chega né?! A minha chave está com alguém que merece por agora e é isso que importa!

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